Paulo Cardoso Pinto, eminente advogado, nascido em Ilhéus, Bahia, em 6 de julho de 1923. Fundador da Cadeira 21 da Academia de Letras de Ilhéus (ALI).
Graduado em Direito, por décadas advogou na cidade natal e região cacaueira, construindo banca jurídica de respeito, ainda hoje festejado pela competência e honradez Professor da Faculdade de Direito de Ilhéus, da qual foi um dos fundadores, por longo período ensinou Direito do Trabalho, ramo do Direito Social, do qual se encantou desde os primórdios, e assim se fizeram contemporâneos, parceiros de muitos estudos.
Foi Presidente da Subseção ilheense da Ordem dos Advogados do Brasil, justamente quando sancionado projeto de lei criando a Junta de Conciliação e Julgamento que seria instalada em Ilhéus, no alvorecer da Justiça do Trabalho. A Sala dos Advogados que existia no Fórum Trabalhista João Mangabeira, em Ilhéus (Malhado), teve seu nome. Na Galeria de Ex-Presidentes da OAB/Ilhéus, está seu retrato.
Estudioso exemplar, poliglota autodidata, precoce amante da literatura e dos versos, aprendeu a ser um exímio obreiro das palavras. Usando o verbo como material de trabalho, era artista que incessantemente criava desde elaboradas peças jurídicas, nas quais invariavelmente obtinha sucesso na defesa de patrocinados, a poemas apaixonados com versos enternecidos, que encantavam e cantavam forças como o amor e a natureza, deliciando os seus; de aulas, a palestras e discursos veementes que, com raro dom de orador, deixavam a muitos envolvidos e entusiasmados.
Mudou-se para São Paulo onde, por pouco tempo, trabalhou em novas atividades ligadas à área empresarial. E faleceu em 29 de junho de 1985, na cidade de Belém, capital do estado do Pará.