Nestor Duarte

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Nasceu em Caetité, Bahia, em 3 de fevereiro de 1902, filho de Francisco Duarte Guimarães e Amélia Tavares Guimarães.

Fez seus estudos primários em Ubaíra, antiga Areias, o curso Ginasial no Ginásio Ipiranga, em Salvador, e o curso superior de Direito na Faculdade de Direito da Bahia, pela qual se diplomou em 1924.

Logo depois de formado exerceu o cargo de delegado pelo Convênio Interestadual de Combate ao Banditismo nos Estados de Bahia, Sergipe e Alagoas.

Quatro anos mais tarde ingressou no magistério, inicialmente de nível médio, como professor da Escola Normal da Bahia, e em seguida de nível superior, por aprovação em concurso, como catedrático da Faculdade de Direito da Bahia, defendendo a tese Direito, Noção e Norma, da qual foi diretor, culminado a carreira com o recebimento do titulo de professor Emérito da Universidade Federal da Bahia.       Além de excelso professor, tornou-se jurista, romancista e político de renome nacional.

Como político, foi eleito Deputado Estadual pela Bahia, em 1929, perdendo o mandato por força da revolução de 1930, quando já se fazia notar como tribuno de brilhantes recursos.

Perdendo o cargo eletivo, passou a dedicar-se à advocacia, paralelamente ao magistério, que fora sua primeira vocação, até ter devolvido o direito de disputar o mandato de Deputado pela Constituinte de 1934, consagrando-se Deputado Federal com a maior votação de seu Estado sendo escolhido líder de sua bancada.

O golpe de 10 de novembro de 1937 novamente o fez perder para o Estado novo o mandato popular conquistando nas urnas.

Restabelecida a democracia em 1946, voltou a ser eleito Deputado Federal, tornando-se um dos constituintes que, em 18 de setembro, promulgaram a Constituição de 1946. No Congresso Nacional fez da Reforma Agrária sua grande bandeira de luta, materializada no projeto de Reforma Agrária que apresentou em 1947, o primeiro e um dos mais sérios já conhecidos no país, acima de interesses partidários ou ideológicos.

Em 1949, o Governador eleito Octávio Mangabeira Bahia, apesar de sua formação de jurista, uma notória distinção por seu domínio e sua luta pelas coisas da terra.

Reeleito Deputado Federal no Pleito de 1950, exerceu o mandato com sucessivas reeleições até 1962, tendo sido vice-líder da oposição no Governo Kubitschek e líder do Governo de Jânio Quadros.

Durante o regime militar de 1964 foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que mais tarde se converteria no PMDB.

Foi presidente do Instituto dos Advogados da Bahia e membro da Academia de Letras da Bahia.

Entre livros e artigos, publicados como principais trabalhos jurídicos e literários: O Direito, Nação e Norma (tese de concurso para a cátedra de Introdução à Ciência do Direito da Faculdade de Direito da Bahia), Gado Humano (romance, Rio, Pongetti, 1948), Tempos Temerário (romance, 1958) e Cavalo de Deus.

Faleceu em Salvador, no dia 24 de dezembro de 1970.