João Mangabeira

Você esta aqui: Página Inicial > Informes > João Mangabeira

Nascido em Salvador, Bahia, em 23 de junho de 1880, filho de Francisco Cavalcanti Mangabeira e Augusta Mangabeira.

Fez os estudos primário e secundário na cidade natal e diplomou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Bahia.

Desde o tempo de universitário se dedicou ao jornalismo, começando pelo periódico A Bahia, no qual defendeu soluções republicanas e democráticas para os problemas do país, e foi um dos signatários do manifesto de combate aos degolamentos levados a efeito pelas forças governistas na chamada Guerra de Canudos.

Depois de formado, passou a residir e advogar em Ilhéus, onde fundou o jornal A Luta e se integrou às forças da oposição municipal, numa viva e atuante campanha pela imprensa.

Elegeu-se Deputado Estadual em 1906 e, logo em seguida, Prefeito de Ilhéus, de onde saiu para cumprir mandato de deputado federal. Reeleito em 1911, Já como redator-chefe do diário de noticias, tornou-se líder da revolução constitucional, na qual substituiu a Herculano de Freitas.

Durante o mandato presidencial se Washington Luís, quando seu irmão Octavio foi chanceler do Brasil, propôs a concessão de anistia política, em documento considerado de alta qualidade jurídica.

Com a revolução de 1930, liderada por Getulio Vargas, integrou a comissão de juristas constituída para elaborar o anteprojeto da Constituição que veio a ser promulgada em 1934.

Dissidente político de Vargas foi preso em 1936 e condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional. Na ocasião, dirigiu ao Supremo Tribunal Federal um pedido de habeas corpus que se tornou famoso e lhe foi concedido por unanimidade.

Extinto o Estado-Novo, fundou com outros lideres de destaque o movimento da Esquerda democrática e se candidatou á Câmara de Deputados, sem lograr êxito.

Em 1950, lançou sua candidatura á Presidência da república pelo Partido Socialista Brasileiro, do qual foi um fiel filiado. Em 1958 se candidatou, também sem êxito, ao Senado Federal.

No interregno parlamentarista do governo João Goulart foi titular da Pasta da Justiça, em reconhecimento aos seus louvados méritos de jurista,

Deixou memoráveis peças de oratória, vasta colaboração na imprensa nacional e grandes obras escritas, a exemplo de Em orno da Constituição (1934), Ruy, o Estadista da República (1943), e Ruy Barbosa.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de abril de 1964